quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quando nasceu o pequeno lobo foi atacado pelo destino. Seus pais foram mortos por uma matilha de cães pastores. O cão mais velho, o líder da matilha quis matá-lo também, mas havia uma mãe entre eles, ela decidiu criar o jovem lobo com os seus filhotes.

O lobinho cresceu entre os cães pastores, aprendeu que matar ovelhas não era legal, que deveria protegê-las para que o Pastor humano lhe desse o sustento. Assim o pequeno lobo cresceu, defendendo as ovelhinhas com sua vida se possível fosse, dedicado nunca deixou que sequer uma ovelha se desgarrasse do rebanho...

A vida seguia no campo, nenhuma ovelha havia sumido. Ate que um belo dia uma misera sumiu. O pastor humano não hesitou em atirar no “lobo pastor”, acusando ele, que sua vida daria para proteger as ovelhas, de ter comido a bem dita que havia sumido.

Afinal um lobo sempre será um lobo, e lobos por natureza comiam ovelhas, mesmo que ele fosse criado por cães pastores desde sua infância, mesmo que ele nunca houvesse apreciado o sabor de uma suculenta ovelha, mesmo assim ele sempre seria um lobo predador e mau por instinto. O pastor humano, juiz de causas próprias, já havia dado em sua mente a sentença do lobo antes mesmo que algum crime tivesse ocorrido, sacou sua espingarda e deu cinco tiros no pobre coitado.

Após guardar seu instrumento de justiça foi fazer a recontagem das ovelhas e constatou que errado estava. Mas não sentiu remorso algum, pois somente havia matado um lobo metido a cão.

Lobos sempre serão lobos.