sábado, 29 de novembro de 2008

Estava ali como quem não quer nada, despretensioso e sem nenhum objetivo digno de ser citado. Sentiu uma sensação entranha, um desejo inusitado, um cheiro que mexia com seus sentimentos mais incultos, foi tomado pelo desejo, uma vontade incontrolável de possuir aquilo que dele o norte havia roubado. Como quem não quer nada ele avistou seu alvo, não sabia como fazer a primeira abordagem, primeiro observou de longe, aos poucos foi tomando coragem, ele espreitava como somente os mais sagazes de suas espécies fazem, se aproximo despretensiosamente.
Seu alvo permanecia ali, sem nada fazer, aquele ar de sedução pairava no ar, os olhares dele fuzilavam o alvo que permanecia ali, imóvel, acho que dele espera dele algum sinal.
Depois de alguns minutos a coragem veio, o bravo foi em direção a ela com iniciativa, estava certo de que sua investida resultaria em sua vitória. Ele parecia o dono da situação, já havia mentalizado cada segundo de sua investida, sabia exatamente o que faria, seus movimentos eram firmes, seu olhar focado, ele sabia exatamente tudo que tinha que fazer.
Chegou perto, respirou ofegante, olhou com ternura, sentiu o cheiro, o tempo parecia que não ira passar, aqueles curtos segundos pareciam eternidade, seus pensamentos iam e vinham de distâncias imensuráveis, ele tentou mexer os lábios, o mundo derepente pareceu congelado, os segundos por um breve espaço tempo se eternizaram, estas sensações confusas deixaram ele terrivelmente abalado, o tal coragem foi se desfazendo como se fosse uma lúdica miragem.
E aquilo que por alguns instantes parecia ser maravilhoso se transformou em nada.
Pobre rato que não provou o queijo.