quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Quando chove bate uma certa melancolia, é tão platônico assistir os pingos caírem nas poças, ver o ritmo perfeito da natureza e perceber que eu não tenho nenhum.Não é apenas o cair sem despeito d'água que me encanta, o cheiro inconfundível que paira no ar,nem o movimento que decorre de sua chegada, ela nunca passa despercebida, existe um certo anseio por sua chegada e uma rebeldia em sua partida, nem sempre é perfeita em suas medidas.
Pingos separados não seriam percebidos,seriam como pessoas vagando sozinhas, sem muito porque, sem entender o que é destino.
A chuva cai, assim como algumas lágrimas, resultados de algo que somente o tempo pode construir, mas não explicar.
Tenho as vezes uma vontade estranha de querer chorar...