quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Certa feita em um pequeno hotel qualquer de beira de estrada, chovia,já era noite,hotel superlotado só havia um quarto pequeno para se alugar.
O dito quarto era pequeno meio sujo, pois quase ninguém queria pagar para ficar numa pocilga daquelas...
Como quase tudo na vida é sem sentido e nem lógica,
um carioca chegou no Hotelzinho e pediu um quarto,pois já erra tarde e ele não queria seguir viagem na chuva e tal,aquele blábláblá...
O recepcionista (um velho leproso com sua voz amedrontadora) do dito hotel disse que todos os quartos estavam lotados, mas tinha o quartinho de baixo da escada...
-Olha meu filho, o quarto não é lá estas coisas, só tem uma cama com o colchão surrado cheiro de mofo e tal...

O carioca como esta meio podre de sono disse que não haveria problemas que ele ia ficar no quarto.

Tempo passo o carioca já deitado quase pegando no sono começa a escutar murmúrio baixinho em uma velocidade lenta(vou ti pegar,vou ti comer!vou ti pegar,vou ti comer!...)
Os murmúrios começão a ficar acelerados e aumentar em volume(VOU TI PEGAR,VOU TI COMER!VOU TI PEGARO carioca sai todo encagaçado só de cuecas correndo para o seu carro dizendo que o maldito quarto é assombrado...aquela fiasqueira...
Não se passa muito tempo(por forças ocultas do destino)chega um paulista ,todo mauricinho com a mesma lengalenga do carioca ,que esta cansado,é tarde e tem que dormir para continuar sua viagem logo cedo e tal...
O velho fala que o hotel esta lotado, mas tem o quartinho pequeno e tal,mas que à não muito tempo ele teria alugado para um carioca e o mesmo tinha abandonado o hotel correndo feito diabo fugindo da cruz falando que o quartinho era assombrado...
Paulista falou que ele não acreditava em fantasmas e ficar com o quarto..
O velho que era leproso mas não burro pediu a diária adiantado,pois já havia levado o “tolofe” do carioca..

Paulista já deitado no quarto meio sonolento começa a escutar o murmúrio(vou ti pegar,vou ti comer!vou ti pegar,vou ti comer!...)
Ele ficou cabreiro,pois não acreditava em fantasmas,fechou os olhos mas os murmúrios a cada segundo que se passava ficavam mais intensos e mais altos(VOU TI PEGAR! VOU TI COMER!VOU TI PEGARResultado:o segundo da noite saindo correndo (só de tanga enfiada no rabo,Dizem as más línguas que paulista ADÒRA usar tangas enfiadas no rabo...disto eu não sei por que eu só escuto e comento sem maldade)do hotel ...

Mas sabe como é o destino(como tudo em piadas e possível,estou pior que o “programéti”da Elina)chego o Gaúcho no bendito hotel...

Chego como índio grosso.
-Seguinte tchê...eu to cansado e quero um quarto seu velho de merda(educação é tudo na vida!)

O velho leproso contou a historia do carioca e do paulista mas o Gaúcho disse que com ele não tem frescura, e que ele iria ficar no maldito quarto.
Tempo passa,índio velho já no colchão mofo com um cheiro de mijo choco começa a ouvir os “benditos murmúrios”(vou ti pegar,vou ti comer!vou ti comer!...)
O guasca velho ficou meio encagaçado ,mas não se entregou,ficou ali com as cuecas não mão...os murmúrios cada vez mais fortes(vou ti pegar!vou ti comer!VOU TI PEGAR,VOU TI COMER!!!)
E o índio velho cada segundo que se passava mais borado...
Não se entregou,aquilo que antes era murmúrio agora eram quase que gritos de possessão que vinhão de uma pequena cômoda que estava a tremer no canto do pequeno quarto(mas parecia um poltergeist )
O índio velho se encheu de coragem misturada com o terrível medo de se encontrar com um ser desconhecido de outro plano pega um pedaço de pau e abre a porta da cômoda(sim,com um pau...ele é macho mas não besta...tenta chamar de cagão para tu ver se ele não te capa na hora) ...
E com um ar de alivio e vê que o maldito fantasma tarado não passa de um piá infeliz com os dois dedos enfiados no nariz gritando desesperadamente

“VOU TI PEGAR,VOU TI COMER!!!VOU TI PEGAR,VOU TI COMER!”
Minhas palavras não têm rimas
Não possuem métrica
Na maioria das vezes para muitos nem sentido coerente elas tem
Elas não querem se expressar
Minhas palavras têm medo de mim
Por isto fogem
Elas não são culpadas de não fazerem sentido
Elas as vezes são somente palavras que minhas foram
Que procuram por um dono que as cuide melhor que eu...
Você é o motivo dos meus sonhos
É quem eu peço em meus desejos
Por ti que clamo todas as noites
Musa de minha inspiração
Luz de minha cegueira
O único fogo que me aquece
Motivo de minha vida
Causadora dos meus sofreres
Como dói lhe amar.
Ando tentando anular meus pensamentos, desvia los pelo menos, faço uma força enorme para não pensar nas coisas que são recorrentes... Já fui estupido o suficiente em pensar em não pensar em algo, o que é absurdo, pois a tentativa burra de lembar que eu não podia pensar naquilo que me assombre me remete de forma mais direta aos pensamentos que eu pretendo não ter...
Somos "maquinas" mau programadas... Deveríamos ter uma chave de OFF para algumas coisas...
Maldita fixação em quem não se deveria pensar...